terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Anónimo!

Aqui deixo os meus sinceros agradecimentos ao anónimo (que eu até nem sei quem é, nem vive na minha humilde localidade nem nada), pois é ele que se zanga comigo e me incentiva à escrita de novos textos.

(espero que depois disto o anónimo me presenteie com um camião com gomas , salgados, doçaria e dinheiro, depois daquilo que eu disse, é o minimo!)

Natal, e se fosse hoje, nomeadamente até em Portugal?

Aparecia um paquete (em vez do anjo Gabriel) e batia à porta de Maria e José. Estes viviam numa humilde casa em Belém, Maria, uma humilde técnica de limpeza (que ainda fazia horas nas caixas de supermercado do LIDL), e seu amado esposo, José, bate-chapas de alta categoria.
O paquete bate à porta, e aparece o José, todo pimpão, com uma mine e uns tremoços e diz:
José:_ Olha, se é p’a vender bíblias ou panelas falas ali com a minha companheira! Óhhhhh Mariaaaaaaaaaaa!
Maria:_ Sim, Zé, que é que tu queres? ‘Tou aqui a por os grelos e o bacalhau a ferver, pensas que eu tenho a tua vida? Pensas que eu sou como tu, que tens tempo de ‘tar no sofá a tirar lixo do umbigo?
José:_ É um rapaz p’a falar contigo.
Maria:_ Diga, olhe se é pa’ vender faqueiros, ou se é testemunha de Jeová, desculpe lá mas não tenho tempo!
Paquete:_ Olhe minha senhora, era só p’ra avisar que você vai ficar grávida por obra e graça do Espírito Santo ( e não é do BES não), são ordens lá de cima. E tem que chamar Jesus à criança. Seja menino ou menina, é que vai ser o salvador do mundo e vai ter este nome.
Maria:_ Mas quem? Eu? Mas eu? Grávida?
Paquete:_ Sim, a senhora.
Maria:_ Ah mas isso não pode ser!
Paquete:_ Ordens lá de cima, eu só cumpro ordens do chefe, que eu também tenho que levar comida p’rá mesa lá em casa.
Maria:_ Pronto, se são ordens do chefe! Lá vai ter que ser.
Ela avisa o José, e ele, sim senhor, muito bem. Passaram-se os meses e a Maria lá foi ter a criança. Vieram p’ra casa todos contentes com o Jesus, ele cresceu e aprendeu a arte de ser bate-chapas. Estava tudo bem, até ao belo dia em que o dinheiro começou a faltar, e descobre-se que o Jesus não é filho do José. Vai o José põe um processo no Chefe lá de cima, por ele não mandar um cheque todos os meses. É que a Maria ‘tá no desemprego e o José com o rendimento mínimo.
O Jesus cresceu e aos 33 anos arranjou uma namorada, a Maria Madalena, uma rapariga muito asseada que se tinha mudado recentemente p’ra Belém. Já tinha vivido na Quinta da Fonte e no Casal Ventoso, mas eram tudo ambientes bons demais p’ra ela.
Vai daí, um dia, o Jesus convida a namorada p’ra um passeio. E de repente, sem quê nem p’ra quê, Jesus é atropelado por um autocarro movido a energias renováveis que não apita. Foi ali o fim do mundo em cuecas de gola alta. Ainda ligaram para o INEM, mas eles tinham mais que fazer do que ir acudir ao salvador do mundo.
Agora tenho um apelo muito importante: Pessoas do Vaticano, Quinta da Fonte, Casal Ventoso e Testemunhas de Jeová, não levem isto a peito. É Natal, vamos lá viver o espírito de tolerância, paz e amor.

Cautela com eles!

Parecendo que não, de vez em quando sou pessoa que lê as letras gordas dos jornais, e vai daí, agora no outro dia, toca de ler as letras gordas do jornal «O Crime», e fiquei um bocadito para ó preocupada. E deixo o alerta, cautela com os vizinhos e cautela com os frequentadores de pizzarias, é que houve um senhor (certamente muito meigo) que incomodado com o barulho dos vizinhos, não faz mais nada, decapita os quatro vizinhos e foi comer uma pizza.
Até já estou a imaginar a cena, está lá o senhor em sua casa no Magalhães, a trabalhar (a ver gajas nuas ou a jogar solitário) e os vizinhos sempre ali a fazer barulho, andar dum lado p’ró outro, reco-reco, e ele a querer concentrar-se para ganhar o jogo do solitário, e eles sempre ali a incomodar. O homem, claro, indignado, faz o que qualquer um fazia, decapita os vizinhos. E decapitar não é assim tão agradável quanto parece, fica-se com as mãos sujas e ele pensou – agora havia de ir lavar as mãos, e isto é preciso sabonete, mas estamos em crise e o sabonete tá-se-me acabar. E se eu fosse à pizzaria, mamava uma pizza, lavava lá as mãos e ficava aviadinho p’ra hoje que também não me apetece preparar refeições. E depois volto com isto tudo silencioso e já venho de barriga cheia e já ganho melhor o jogo! Deixa-me cá ver se tenho os documentos do carro, não vá ‘tar por aí a Brigada, e eu cá sou muito pacífico e gosto de obedecer às leis e promover o bom funcionamento da sociedade. Não gosto é de poluição sonora. E hoje? Como pizza com ananás ou com cogumelos? Com cogumelos, com ananás comi a semana passada quando matei os cães aos vizinhos, andavam só a ganir!
E assim foi, mais um dia de uma pessoa pacífica que promove o bem da sociedade!